A doença do carrapato é uma das condições mais comuns e perigosas que afetam cães no Brasil. Causada por micro-organismos transmitidos pela picada de carrapatos infectados, ela pode evoluir rapidamente e colocar a vida do pet em risco se não for identificada e tratada a tempo. Por isso, entender os sinais, as formas de prevenção e os cuidados corretos é fundamental para manter seu animal seguro durante todo o ano.
A doença é provocada principalmente por dois agentes: Ehrlichia canis e Babesia canis. Quando o carrapato se alimenta do sangue do animal, esses micro-organismos entram na corrente sanguínea e começam a atacar células importantes, como plaquetas e glóbulos vermelhos. O grande problema é que muitos tutores só percebem algo errado quando o pet já está debilitado.
Os primeiros sinais são sutis: cansaço fácil, falta de apetite, mucosas mais pálidas, febre e apatia. À medida que a doença avança, podem surgir sangramentos nas gengivas e pelo nariz, perda de peso, vômitos, manchas vermelhas na pele e dificuldade para caminhar. Em casos mais graves, o pet pode apresentar anemia severa, comprometimento neurológico e risco de morte. Por isso, qualquer mudança de comportamento deve ser levada a sério.
A prevenção é sempre o melhor caminho. O controle de carrapatos precisa ser constante — não apenas no animal, mas também no ambiente. Banhos antiparasitários, coleiras repelentes, comprimidos específicos e higienização frequente da casa e do quintal ajudam a reduzir drasticamente o risco de infecção. É importante lembrar que um único carrapato já é suficiente para transmitir a doença.
Se o tutor suspeitar da doença, o ideal é procurar atendimento veterinário imediatamente. O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que avaliam plaquetas, anemia e presença dos agentes infecciosos. Quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de recuperação. O protocolo geralmente envolve antibióticos específicos, suporte clínico, hidratação e, em alguns casos, transfusões sanguíneas.
A doença do carrapato é séria, mas pode ser evitada com atenção, prevenção contínua e acompanhamento veterinário. Observar o comportamento do pet, manter a proteção em dia e agir rápido diante de qualquer sinal de alerta são atitudes que fazem toda a diferença. Cuidar é sempre o melhor remédio — e seu animal depende de você para se manter seguro e saudável.